IF62J2007b

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As disciplinas de Oficinas de Integração do Curso de Engenharia Elétrica da Universidade Tecnlológica Federal do Paraná são elemento chave na articulação da formação profissional almejada.

Esta wiki tem por objetivo dar apoio a preparação da primeira edição desta disciplina.

http://mail.ppgte.cefetpr.br/mediawiki/index.php/Oficinas_de_Integra%C3%A7%C3%A3o

Tabela de conteúdo

Corpo Docente

 "A rápida mutação da economia e da técnica torna inútil a formação orientada exclusivamente para a formação profissional, já que a evolução dos conhecimentos e das técnicas e a própria transformação das empresas torna rapidamente obsoleto  o  seu conteúdo. Além  disso, a grande diversidade de estruturas familiares e a composição pluricultural das sociedades industrializadas se opõem a um conceito das Escolas como entidades homogêneas. Diante desse panorama, o papel do sistema educativo consistiria em ajudar cada aluno a adquirir  uma série de saberes e competências gerais básicas, educar-lhes a capacidade de adaptar-se à mudança e, sobretudo, a aptidão e o gosto por aprender e reaprender durante toda sua vida” (OCDE, 1995, apud HERNÁNDEZ, 1998) p. 49.

Os atuais responsáveis por esta edição de Oficinas de Integração I, a ser ofertada entre Agosto e Dezembro de 2007, representam as ciências básicas, como física, química e mátemática, as ciências socias, e as áreas centrais do curso sem questão, computação e engenharia. São eles os professores Arandi Ginane Bezerra Jr (Departamento de Física), Gustavo Alberto Gimenez Lugo (Departamento de Informática), e Luiz Ernesto Merkle (Departamento de Informática), e Gilson Leandro Queluz (Departamento de Estudos Sociais). Entretanto, vale reforçar que os projetos de trabalho têm uma embocadura mais abrangente que uma disciplina isolada, pois seu sucesso em atender o projeto político pedagógico almejado exige a interação com outras atividades em desenvolvimento, incluindo disciplinas, estágios, atividades complementares, etc.

Projetos de Trabalho

A organização curricular por projetos de trabalho, dentre muitas alternativas (HERNÁNDEZ, 1998a, 1998b, 2000), é geralmente polarizada pela escolha de um tema de projeto. Há vários temas possíveis a serem escolhidos como elemento aglutinador no desenvolvimento de projetos nas oficinas, mas a escolha deste, deve ter como horizonte a interrelação de competências cobertas pela formação já desenvolvida pelo corpo discente, e em desenvolvimento.

Segundo Hernández (2000, , p. 181), embora trabalhar por projetos não seja seguir o método de projetos, os projetos de trabalho tem algumas características comuns em relação a outras estratégias de ensino,

* Vão além dos limites curriculares (tanto das áreas como dos conteúdos);
* Implicam a realização de atividades práticas;
* Os temas selecionados são apropriados aos interesses e aos estágios de desenvolvimento dos alunos;
* Realizam-se experiências de primeira mão, como vistas, a presença de convidados na sala de aula, etc.;
* Deve ser feito algum tipo de pesquisa;
* É necessário trabalhar estratégias de busca, organização e estudo de diferentes fontes de informação;
* Implicam atividades individuais, grupais e de classe, em relação as diferentes habilidades e conceitos que são apreendidos. (HERNÁNDEZ, 2000, p. 181).

Segundo este mesmo autor, um projeto de trabalho pode ser caracterizaqdo inicialmente como:

* Parte-se de um tema ou de um problema negociado com a turma;
* Inicia-se um processo de pesquisa;
* Busca-se e seleciona-se fontes de informação;
* São estabelecidos critérios de organização e interpretação das fontes;
* São recolhidas novas dúvidas e perguntas;
* São estabelecidas relações com outros problemas;
* Representa-se o processo de elaboração do conhecimento vivido;
* Recapitula-se (avalia-se) o que se aprendeu;
* Conecta-se com um novo tema ou problema (HERNÁNDEZ, 2000, p. 182).


Mas nem tudo que aparenta, é um projeto:

* Um caminho descritivo por um tema;
* Uma apresentação do que sabe o professor, que é o protagonista  das decisões sobre a informação e que é o único que possui a verdade do saber;
* Um caminho expositivo, sem problemas e sem um fio condutor;
* Uma apresentação linear de um tema, baseada numa sequência estável e única de passos e vinculada a uma tipologia de informação (a que se encontra nos livros texto);
* Uma atividade em que o docente dá as respostas sobre o que já sabe;
* Pensar que os alunos devam aprender o que queremos ensinar-lhes;
* Uma apresentação de matérias escolares;
* Transformar em matéria de estudo aquilo de que nossos alunos gostam e que lhes apeteça (HERNÁNDEZ, 2000, p. 182).

O que pode ser considerado um projeto:

* O percurso por um tema-problema que favoreça a análise, a interpretação e a crítica ( como contraste de pontos de vista);
* Onde predomine a atitude de cooperação e onde o professor seja um aprendiz e não um especialista ( pois ajuda aprender sobre temas que deverá estudar com os alunos);
* Um percurso que procure estabelecer conexões e que questione a idéia de uma versão única da realidade;
* Cada trajetória é singular, e trabalha-se com diferentes tipos de informação;
* O professor ensina a escutar: do que os outros dizem também se pode aprender; 
* Há diferentes formas de aprender o que queremos ensinar-lhes (e não sabemos se aprenderão isso ou outras coisas);
* Uma aproximação atualizada aos problemas das disciplinas e dos saberes;
* Uma forma de aprendizagem em que se leve em conta que todos os alunos podem aprender, se encontrarem espaço para isso;
* Por isso, não esqueçamos que a aprendizagem vinculada ao fazer, à atividade manual e á intuição também é uma forma de aprendizagem (HERNÁNDEZ, 2000, p. 183).


Atuação do professorado e dos estudantes em um projeto de trabalho:

Aula Por parte dos(as) professores(as) ambos por parte dos(as) estudantes
A 1. Estabelecem os objetivos educativos e de aprendizagem 2. Estabelecem a possibilidade de tema
B 3. Selecionam os conceitos, procedimentos que prevêem possam ser tratados no projeto 4. Realizam a avaliação inicial: O que sabemos ou queremos saber sobre o tema?
C 5. Pré-sequencializam os possíveis conteúdos a trabalhar em função da interpretação das respostas dos(as) estudantes 6. Realizam propostas de sequencialização e ordenação de conteúdos
D 7. Buscam fontes de informação; Elaboram um índice.
E 8. Compartilham propostas. Buscam um consenso organizativo.
F 9. Preestabelecem atividades. 10. Planejam o trabalho (individual, em pequeno grupo, turma)
G 11. Apresentam atividades 12. Realizam o tratamento da informação a partir das atividades
H 13. Facilitam meios de reflexão, recursos, materiais, informação pontual. Papel de facilitador.
I 14. Trabalho individual: ordenação, reflexão sobre a informação
J 15; Favorecem, recolhem e interpretam as contribuições dos(as) estudantes. Avaliação
K 16. Auto-avaliação.
L 17. Contraste entre avaliação e a auto-avaliação.
M 18. Análise do processo individual de cada estudante: Que apendeste? Como trabalhaste? 19. Conhecer o próprio processo e em relação ao grupo.
N 20. Estabelecer uma nova sequência.

Temas

É importante considerar que esta oficina é ofertada no início do curso, quando para a maioria do corpo discente ainda não se aprofundou o conhecimentos nem em hardware, nem em software, nem nas implicações e desdobramentos destes junto a sociedade, na resolução de problemas concretos. Neste horizonte, um tema que levasse a um aprofundamento em hardware, em software, que envolvesse diversas áreas do conhecimento, e que fomentasse a solução de problemas junto a um setor da comunidade seria bem oportuno, motivador e desafiador.

Uma primeira proposta levantada visa responder a demanda por um conhecimento mais profundo por parte da população em Ciência e Tecnologia. Dentre várias possibilidades, pensou-se no desenvolvimento de projetos que articulem as necessidades de dois pólos. A saber, a memória e a formação em Ciência e Tecnologia, o que nos leva tanto a Museus de Ciência e Tecnologia, como a Instituições de Educação Tecnológica, como a própria UTFPR. Associado a este tema, também é possível se colocar como alvo o desenvolvimento de soluções de baixo custo, e que seja apropriadas à infraesturura tecnológica encontrada em países como o nosso. Uma das formas de fazê-los seria por meio do desenvolvimento de tecnologia compatível com outras iniciativas de inclusão digital, como as tecnologias livres, o "computador para todos"[1], e "um computador para cada criança" [2]. Isto aumentaria o desafio, mas a longo prazo, facilitaria a difusão dos trabalhos desenvolvidos nesta disciplina junto a comunidade, quiçá viabilizando empreendimentos futuros.

Diretivas

  1. O tema do projeto ainda não foi definido, mas tende a ser incluido na grande área de educação em ciência e tecnologia;
  2. Os projetos deverão ser desenvolvidos em equipes de duas ou três pessoas.
  3. Os projetos deverão envolver efetivamente a comunidade, seja por meio de sua participação direta em seu devir, inclusive na especificação em tempo de projeto, seja pelo seu uso, em testes piloto.
  4. O projeto deve seguir os princípios do Software Livre(SL), do Hardware Aberto (OH), e do Acesso Aberto (Open Access- OA);
  5. A documentação deverá ser elaborada segundo a ABNT;
  6. Os projetos serão avaliados em suas várias dimensões (Relatório, Código, Exposição/Poster, Apresentação, etc.);
  7. As equipes deverão manter um portfólio descrevendo o trabalho em meio físico, e na wiki da disciplina;
  8. Aqueles que desenvolverem atividades específicas com a comunidade podem requerer, conforme a natureza destas, sua contabilização como Atividades Complementares;

Etapas

  1. Introdução
  2. Composição e Problematização
  3. Negociação do Projeto
  4. Primeira Fase (2 semanas)
  5. Segunda Fase (2 semanas)
  6. Terceira Fase (2 semanas)
  7. Desenvolvimento (3 semanas)
  8. Análise
  9. Apresentação ( 3 semanas)
  10. Realimentação

Equipes

  1. Alexandre Pilan Zanoni
  2. Luiz Gustavo Cardoso Ribeiro
  3. Júlio César Nardelli Borges
  1. Alexandre Jacques Marin
  2. Yuri Antin Wergrzn
  3. Tárik Ekerman Pinto
  1. Brunno Alberto Wistuba Braga
  2. Bruno Weingraber
  3. Telmo Friessen
  1. Caio Nogara Andreatta
  2. Tui Alexandre Ono Baraniuk
  3. Wagner Andre Gasparoto
  1. Evandro Sirichuk de Souza
  2. Lucas Salomão Spolaore
  1. Lucas Campiolo Paiva
  2. Marcelo Teider Lopes
  3. Francisco Delmar Kurpiel
  1. Thiago Quintas Takeda
  2. Tiago Souza dos Santos

Fontes

Portal Brasileiro da Informação Científica http://periodicos.capes.gov.br/portugues/index.jsp

Scielo http://www.scielo.org/index.php?lang=en

The ACM Digital Library http://portal.acm.org

IEEE Computer Society http://www.computer.org/portal/site/csdl/index.jsp

IEEE Digital Library http://ieeexplore.ieee.org/Xplore/dynhome.jsp

Google Scholar http://scholar.google.com.br/

Scirus http://scirus.org/

Citeseer http://citeseer.ist.psu.edu/

Formato do Artigo/Projeto

Normas SBC http://www.sbc.org.br/index.php?language=1&subject=60&content=downloads

Referências Bibliográficas

Sobre Projetos de Trabalho

FAGUNDES, Léa da Cruz; SATO, Luciane Sayuri; MAÇADA, Débora Laurino (1999) Aprendizes do Futuro: As Inovações Começaram! Coleção Informática para a Mudança na Educação. Ministério da Educação. Secretaria da Educação a Distância. Programa Nacional de Informática na Educação, Disponível em: http://mathematikos.psico.ufrgs.br/textos/aprender.pdf

GREENBER|G, Ira (2007) Processing: Creative Coding and Computational Art (Foundation), Friends of ED.

HERNÁNDEZ, Fernando (1998) Transgressão e Mudança na Educação: os projetos de trabalho. Artmed: Porto Alegre

HERNÁNDEZ, Fernando (2000) Cultura Visual, Mudança Educativa e Projeto de Trabalho Artmed : Porto Alegre.

HERNÁNDEZ, Fernando; VENTURA, Montserrat (1998) A Organização do Currículo por Projetos de Trabalho: O conhecimento é um caleidoscópio. Artmed : Porto Alegre.

PETITTO, Sônia (2003) Projetos de Trabalho em Informática: Desenvolvendo Competências. Campinas, SP: Papirus

REAS, Casey; FRY, Ben; MAEDA, John (2007) Processing: A Programming Handbook for Visual Designers and Artists, Cambridge, USA: MIT Press.

SBC (2007) Eventos. Sociedade Brasileira de Computação. Disponível em http://www.sbc.org.br/index.php?language=1&subject=60&content=downloads Acesso em 31 de julho de 2007.

UTFPR (2007) Proposta de normas para elaboração de trabalhos acadêmicos da UTFPR. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Disponível em http://sistema.utfpr.edu.br/prograd/arquivos/propostas/proposta_trabalhos_acad%EAmicos.pdf http://sistema.utfpr.edu.br/prograd/arquivos/propostas/proposta_trabalhos_acad%EAmicos.doc


Links - Potenciais Parcerias

Prefeitura Municipal de Tecnologia - Cidade do Conhecimento - Projeto Escola Universidade http://www.cidadedoconhecimento.org.br/cidadedoconhecimento/index.php?portal=286

Parque Tecnológico Itaipú http://www.pti.org.br/home2/index.htm

Estação Ciência http://ec.pti.org.br/

Dia a Dia Educação: Portal Educacional do Estado do Paraná http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/home.php

Ferramentas pessoais