TB²
Tabela de conteúdo |
Projeto:
Extensão Anti-Plágio
Participantes:
Brunno Braga
Bruno Weingraber
Telmo Friesen
Principais idéias
Surgiram diversas idéias relevantes. Dentre elas merecem destaque:
Programa Integrado ao OpenOffice:
Proposta: implementar um novo formato de arquivo texto que além de armazenar as inforações usuais seja capaz de armazenar de alguma forma a origem dos caracteres. Juntamente com a nova extensão deve ser criado também um reader capaz de ler estas informações. As informações são: percentagem de caracteres digitados e "colados" no arquivo e se possivel qual o OpenOffice em que foi criado.
Economia de Água:
Proposta: desenvolver um quiz (jogo de perguntas e respostas), apresentando diversas situações do dia-a-dia e perguntando qual seria a atitude do usuário do software. Logo em seguida seria apresentada a resposta ecologicamente e economicamente correta, acompanhada com a respectiva justificativa, dando dicas para a economia de água em geral.
Energia Solar
Proposta: desenvolver um software (ou página web) educativo(a) que explique o funcionamento e mostre as vantagens e desvantagens da energia solar, proporcionando ao professor da rede publica de ensino uma fonte confiável de dados e informações que permitam o ensino com aprendizado facilitado para os alunos à respeito da energia solar, e despertando o interesse desses às fontes renováveis de energia;
Decidimos por optar pelo primeiro tema pois ele é um problema com enfoque prático, não nos exigindo apenas teoria, e também por se enquadrar mais nos nossos conhecimentos acadêmicos.
Projeto: Programa Integrado ao OpenOffice
Os estudantes atualmente possuem uma importante ferramenta no auxílio ao aprendizado, à internet. Cerca de 30% dos brasileiros possuem acesso de alguma forma, seja no trabalho ou na escola, a este recurso, o qual teoricamente ajuda na formação escolar da população. Com a vinda do projeto OLPC (One Laptop per Child), uma maior porcentagem da população brasileira teria acesso à internet, assim, tendo acessibilidade facilitada às informações sobre os acontecimentos, em geral, ao conhecimento. Porém muitos usam esta poderosa invenção para somente diminuir o seu trabalho de pesquisa, utilizando o famoso “Ctrl+C” “Ctrl+V”. Desta forma a pessoa não adquire conhecimento algum, objetivo final de uma pesquisa. Uma proposta para tentar resolver este problema seria uma expansão integrada a um editor de texto (OpenOffice) que conte quantos caracteres foram definitivamente digitados, buscando evitar plágios e auxiliar o aprendizado. Somente pesquisando o aluno será capaz de formar uma opinião concreta sobre o assunto e não apenas armazenar “dados mastigados” por pesquisadores e intelectuais que já possuem as suas próprias opiniões.
Problema de Pesquisa
Uma das maiores invenções do ser humano no século XX foi a Internet. Ela vem proporcionando uma imensa facilidade no cotidiano da sociedade mundial, seja para comunicação, informação ou busca de conhecimento. O fato é que esta ferramenta está se tornando indispensável para boa parte da população, no trabalho ou mesmo para a formação escolar. Mas infelizmente junto com toda inovação tecnológica vem alguns problemas, no caso um deles é o plágio nas pesquisas escolares. Esta prática vem sendo exercida há muito tempo, quando as fontes do plágio eram livros e revistas. A Internet somente facilitou o ato com a grande disponibilidade de material na rede. A maioria dos alunos apenas acessa um determinado site de busca, digita o tema de pesquisa e copia o artigo para seus trabalhos. Esta atitude, além de ser antiética, é prejudicial à formação escolar e acadêmica destes jovens, pois deixam de se aprofundar no tema indicado. Isto sem contar que o professor avaliador possui trabalho dobrado, pois na correção destas pesquisas, ele muitas vezes verifica se não houve plágio, procurando de site em site se existe na internet algum relato parecido com o apresentado.
Hipótese
Uma boa forma para tentar solucionar este problema é criar uma nova extensão (.ODS, por exemplo), que possua a habilidade de contagem de caracteres digitados (“Colagem” ou Pesquisa), integrado ao OpenOffice. Com este software integrado, o professor poderia verificar se o aluno redigiu tal pesquisa com conhecimento adquirido, ou se somente copiou de algum site da internet.
Justificativa
A grande rede mundial de computadores vem proporcionando uma enorme facilidade de acesso à informação. Muitos dizem que esta facilidade é a origem da febre do “Ctrl+C e Ctrl+V”, que vem sendo discutida juntamente com a eficácia das pesquisas escolares no objetivo de formar o conhecimento de novos cidadãos. Porém, a ação de copiar trabalhos, pesquisas e artigos dos mais variados assuntos não é um problema advindo da criação e popularização da Internet, este ato apenas tornou-se mais rápido, menos trabalhoso e muito mais fácil de ser rastreado e descoberto. A freqüência de plágios é tanta que muitas escolas adotaram diferentes métodos de cobrança de trabalhos. Uma destas foi o colégio Interlagos, na zona sul de São Paulo. Os professores começaram a cobrar os trabalhos manuscritos. Porém, isto apenas faz com que o aluno tenha um maior trabalho mecânico, e não intelectual [Brito, 2005]. No colégio Bandeirantes, o método anti-plágio utilizado são as peças teatrais. Os alunos pesquisam sobre determinado tema e precisam montar uma encenação a respeito. Estas reportagens mostram a demanda por um método eficaz e acessível para todos contra o plágio. Com esta nova extensão de contagem de caracteres, o professor teria melhores condições de avaliar seus alunos, analisando se estes realmente aprenderam o tema abordado. Não pretendemos que o aluno deixe de usar a internet como fonte de pesquisa, ao contrário, queremos que ele definitivamente use este recurso para adquirir conhecimento e com base nisto criar uma opinião a respeito. Embora seja cada vez mais raro, ainda podemos encontrar alunos de diferentes graus de ensino em bibliotecas, dispondo de um vasto arsenal de livros que contém basicamente o mesmo conhecimento encontrado na Internet, com a diferença de que o conteúdo destas publicações é mais confiável que o disponível na web. Esse conhecimento contido em livros, coleções e enciclopédias já estava disponível há muito tempo antes do surgimento da Internet, e também nesse tempo não era raro encontrar alunos passando horas nesses locais copiando, à mão, o conteúdo dos mesmos. No entanto, era inviável para professores e corretores daquela época carregarem pilhas de livros para comparar trabalho por trabalho com o que estava escrito nas usuais fontes de pesquisa. Como se pode notar, o problema do plágio em trabalhos e pesquisas escolares não é conseqüência da disponibilidade de material on-line, mas sim a extensão de uma tendência que já existe há muito tempo e que agora se tornou mais fácil.
Objetivos
O objetivo geral desta extensão é auxiliar na formação educacional, seja no ensino fundamental ou superior. Esta será uma ferramenta que ajudará o professor a realizar uma avaliação justa, fazendo com que o aluno adquira embasamento teórico suficiente para adquirir o conhecimento. O avaliado, ao realizar uma pesquisa aprofundada, terá o seu senso crítico apurado. Será capaz de formar uma opinião própria com relação ao tema abordado, e não somente aceitar como verdade tal artigo, nem sequer refletindo se este é correto ou relevante ao cenário político-social atual. Com a população mais crítica, teremos mais condições de analisar o cenário político-social do país, e desta forma quem sabe possamos fazer com que não sejamos mais tão facilmente manipulados pelo poder público (governo federal).
Fundamentação Teórica
O advento da Web, juntamente com o avanço digital não compõe um empecilho para o aprendizado, mas sim a solução para o mesmo. Por mais que a cópia de textos tenha ficado mais fácil, rastrear estes textos até sua fonte original também ficou. A simples pesquisa por frases ou títulos suspeitos contidos em um trabalho pode identificar se o trabalho foi simplesmente uma montagem de conteúdos. Já existem inclusive pequenos programas capazes de automatizar essa busca em documentos de texto digitais. Uma ferramenta paga e em inglês, o Turn It In [iParadigms, 1996], possui essa funcionalidade e integra outras ferramentas de avaliação além de ainda possibilitar a revisão de trabalhos por um grupo de estudantes que realizou a mesma pesquisa, podendo ser feitas críticas e sugestões. Outra opção é um software pago, em português [Pezzin, 2006], que faz a comparação do texto fornecido com o material on-line e retorna os resultados muito semelhantes entre si, incluindo o endereço do original.
A criação de uma nova extensão (open source) para o OpenOffice com a funcionalidade proposta neste projeto seria mais uma forma de rastrear conteúdos indevidamente copiados e mais uma ferramenta disponível para docentes em sua luta no ensino.
O projeto OpenOffice.org é o principal responsável pela distribuição e atualização da suíte de softwares conhecida como OpenOffice, que conta com diversas variações ao redor do mundo. O principal objetivo do projeto é desenvolver um conjunto de aplicativos de escritório que seja livre e código-aberto, porém ofereça qualidade para ser adotado por empresas e usuários domésticos em grande escala.
O projeto começou oficialmente em 2000, mas o primeiro passo dado foi a aquisição do StarOffice 5.2 pela Sun Microsystems em 1999. Foi em 2000 que a Sun liberou parte do código fonte do aplicativo, incentivando e patrocinando seu desenvolvimento como software livre. O código está escrito em linguagem de programação C++, mas tem grande flexibilidade com outras linguagens e scripts, incluindo a API Java.
Embora a Sun ainda seja a principal fonte de infra-estrutura do projeto, grande parte dele conta com a colaboração de comunidades de desenvolvimento espalhadas ao redor do mundo, as quais se comprometem a solucionar tanto problemas propostos pela comunidade internacional, quanto problemas de adaptação e regionalização do projeto. Muitos destes projetos estão listados no domínio do OpenOffice.org, assim como uma lista dos principais pontos a serem desenvolvidos dentro do pacote.
No Brasil, a ONG BrOffice.org é a responsável pelo desenvolvimento de projetos locais e da tradução da biblioteca e documentação da suíte, permitindo também que houvesse maior participação dos usuários brasileiros no desenvolvimento do projeto como um todo.
Metodologia
Tendo como base uma pesquisa aplicada [Gil, 1991], procuraremos buscar novas e inovadoras maneiras para solucionar este problema do plágio nos trabalhos escolares. A pesquisa aplicada, ao contrário da pesquisa base, está focada na resolução de um problema específico, o qual já foi detalhado. A abordagem da questão será feita de forma quantitativa e objetivando uma exploração profunda do assunto para a tomada de medidas viáveis e cabíveis. Serão utilizadas técnicas de pesquisa-ação, que cooperativamente visam não apenas uma solução teórica da questão, mas também prática, que será realizada no decorrer do projeto. Inicialmente serão realizadas pesquisas para verificar a viabilidade do projeto. Já verificamos se o problema foi resolvido por outros. Como este ainda está de certa forma pendente, analisamos quais são as implicações financeiras, sociais do projeto e quais os diversos caminhos a seguir para a resolução do fato. Nesta fase ocorrerá uma coleta de dados para saber a opinião de diversos professores e se usariam o recurso a ser desenvolvido. Concluída esta etapa entraremos numa fase de pesquisas intensas que objetivarão apontar uma direção a seguir entre as diversas possibilidades. Nessa etapa decidiremos quais ferramentas serão empregadas para a implementação e execução do projeto. É bom ressaltar que as ferramentas que a princípio serão citadas para a resolução poderão ser alteradas ou trocadas nas etapas seguintes, de acordo com a resposta delas às necessidades do desenvolvimento. Após a decisão do caminho que será seguido e das ferramentas empregadas, entraremos numa fase de desenvolvimento. Nessa etapa continuarão a ocorrer pesquisas, porém com um enfoque diferente. Estas serão direcionadas as resoluções de problemas específicos que surgirão durante a implementação ou desenvolvimento. O principal objetivo desta fase será a criação de uma versão beta da extensão, juntamente com o reader para ler dados sigilosos dela. Entraremos agora num período de estabilização e de correção de “bugs” da nova extensão e reader criados. Após o término deste período será lançada uma versão 0.1 da extensão e do reader que poderá ser distribuída para fins de testes de campo. Depois de lançada a versão anterior, procuraremos torná-la estável o suficiente para que possa ser distribuída numa versão 1.0 definitiva e juntamente com o reader, concluindo assim o projeto.
Referências
Pezzin, Zambonatto M. (2006) “Farejador de Plágios”, Disponível em:
http://br.geocities.com/farejadordeplagio
iParadigms, LLC (1996) “TurnItIn”,
www.turnitin.com
OpenOffice (2006), Criação de Extensões-OpenOffice, Disponível em:
http://extensions.openoffice.org/ http://under-linux.org
OpenOffice (2007), “Projetos OpenOfice.org”, Disponível em:
http://projects.openoffice.org/index.html
Takahashi, F. (2005), “Contra plágio, escolas exigem manuscritos”, Disponível: http://www.unicamp.br/unicamp/canal_aberto/clipping/outubro2005/clipping051023_folha.html Gil, Antonio Carlos, (1991), “Como elaborar projetos de pesquisa”. São Paulo: Atlas.