A lógica C1

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Para obter a lógica proposicional clássica (CPL) de C1, removem-se os ◦-aximas:  (bc1), (ca1), (ca2) e (ca3) e adiciona-se a lei da explosão:
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Para obter a lógica proposicional clássica (CPL) de C1, removem-se os ◦-axiomas:  (bc1), (ca1), (ca2) e (ca3) e adiciona-se a lei da explosão:
  
 
     (exp) α → (¬α → β)
 
     (exp) α → (¬α → β)

Edição atual tal como 22h11min de 13 de setembro de 2009

C1 é historicamente importante porque foi a primeira lógica paraconsistente a ser apresentada por Newton C. A. da Costa [1] em 1963.

  • O operador de consistência (◦) foi introduzido.
  • O significado de ◦A é “A é consistente”.
  • O conectivo consistência "◦" não é um conectivo primitivo, mas uma abreviação:
    ◦A = ¬(A ∧ ¬A)


Axiomas de C1:

  • (Ax1) α → (β → α)
  • (Ax2) (α → β) → ((α → (β → γ)) → (α → γ))
  • (Ax3) α → (β → (α ∧ β))
  • (Ax4) (α∧ β) → α
  • (Ax5) (α ∧ β) → β
  • (Ax6) α → (α ∨ β)
  • (Ax7) β → (α ∨ β)
  • (Ax8) (α → γ) → ((β → γ) → ((α ∨ β) → γ))
  • (Ax9) α ∨ (α → β)
  • (Ax10) α ∨ ¬α
  • (Ax11) ¬¬α → α
  • (bc1) ◦α → (α → (¬α → β))
  • (ca1) (◦α ∧ ◦β) → ◦(α ∧ β)
  • (ca2) (◦α ∧ ◦β) → ◦(α ∨ β)
  • (ca3) (◦α ∧ ◦β) → ◦(α → β)

Regra de inferência (MP:)

α, α → β

β


Para obter a lógica proposicional clássica (CPL) de C1, removem-se os ◦-axiomas: (bc1), (ca1), (ca2) e (ca3) e adiciona-se a lei da explosão:

   (exp) α → (¬α → β)

“Princípio da Explosão”, ou Regra de Duns Scotus: uma contradição implica qualquer proposição. Dito de modo mais preciso, se em um sistema dedutivo S fundamentado na lógica clássica derivarmos duas proposições contraditórias (uma sendo a negação da outra), então toda fórmula (expressão bem formada) da linguagem de S resulta ser teorema de S. Neste caso, diz-se que S é trivial.

Valoração para C1:

  • v(α1 ∧ α2 ) = 1 ⇐⇒ v(α1 ) = 1 and v(α2) = 1;
  • v(α1 ∨ α2 ) = 1 ⇐⇒ v(α1 ) = 1 or v(α2) = 1;
  • v(α1 → α2 ) = 1 ⇐⇒ v(α1 ) = 0 or v(α2) = 1;
  • v(¬α) = 0 ⇒ v(α) = 1;
  • v(¬¬α) = 1 ⇒ v(α) = 1;
  • v(◦α) = 1 ⇒ v(α) = 0 or v (¬α) = 0;
  • v(◦(α Ø β)) = 0 ⇒ v(◦α) = 0 or v(◦β) = 0, para Ø ∈ {∧, ∨, →};



Regras de implementação:


FA → B (F→) TA → B (T→1) TA → B (T→2)
TA TA FB
FB TB FA
 
TA ∧ B (T∧) FA ∧ B (F∧1) FA ∧ B (F∧2)
TA TA TB
TB FB FA
 
FA ∨ B (F∨) TA ∨ B (T∨1) TA ∨ B (T∨2)
FA FA FB
FB TB TA
 
/\ (PB) F ¬A (F¬) T ¬¬A (T¬¬)
TA FA TA TA
 
  (T ◦¬) T ¬(A Ø B) (T ¬Ø1) T ¬(A Ø B) (T ¬Ø2)
T ◦A T A Ø B T A Ø B
T ¬A T ◦A T ◦B
FA F ◦B F ◦A


Regras diferentes

  (F ◦Ø1)  --> T ¬(A Ø B) (T ¬Ø1)
F ◦(A Ø B) T A Ø B
T ◦A T ◦A
F ◦B F ◦B


Onde F ◦(A Ø B) = F ¬((A Ø B) ∧ ¬(A Ø B))
Usando (F¬): T (A Ø B) ∧ ¬(A Ø B)
Usando (T∧): T A Ø B e T ¬(A Ø B)
O mesmo processo para as 2 regras: (F ◦Ø1) e (F ◦Ø2)



Referências:


Ferramentas pessoais