PaulaHaradaLanesJr2008Proposta
SISTEMA AUTOMÁTICO PARA ABERTURA DE PORTAS
Introdução
O desenvolvimento da tecnologia permitiu ao homem alcançar compreensões da natureza que, sem auxílio, eram inimagináveis. As descobertas sobre o universo macroscópico e microscópico que compõem o cenário das nossas vidas tornaram possíveis visitas a lua e a utilização de partículas subatômicas para fabricar energia. Contudo, essa produção também teve usos destrutivos associados ao seu mau uso e da detenção de poder.
Apesar disso, a tecnologia é hoje, potencialmente, uma grande ferramenta para promoção de qualidade de vida para todos os seres humanos e está na produção desta, por meio da engenharia, a grande alavanca até mesmo para mudanças sociais. Para tanto, a proposta do presente trabalho é promover qualidade de vida por meio de aparatos tecnológicos, focando principalmente no conceito de acessibilidade e inclusão social.
Esse projeto consiste no desenvolvimento e prototipação de um sistema de abertura automática de portas via controle remoto.
Para a prototipação o controle remoto será efetuado utilizando-se o infravermelho como meio de transmissão de informação, devido ao seu custo reduzido, ideal para elaboração de um protótipo. Contudo, propõem-se que a efetiva implementação ocorra com controle remoto via radiofreqüência, cujos padrões de segurança são mais confiáveis e as configurações permitem um alcance maior.
Proposta e Justificativa
Acessibilidade é um conceito estruturado sobre os moldes da inclusão social que apregoa a facilidade de acesso das pessoas (principalmente aquelas com mobilidade reduzida) a espaços e ambientes. Pode-se conceituar inclusão social como o procedimento “pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade” (SASSAKI, 2003).
Segundo FARIAS & BUCHALLA (2005), “a funcionalidade e a incapacidade dos indivíduos são determinadas pelo contexto ambiental onde as pessoas vivem”, ou seja, se o ambiente em que esta vive estiver adaptado as suas necessidades e capacidades funcionais, eliminam-se a sua incapacidade e/ou “deficiência”.
Ainda, outro conceito importante é a autonomia. Uma pessoa com mobilidade reduzida (permanente ou temporariamente) deve possuir, segundo os conceitos inclusivistas, “a condição de domínio físico e social, preservando ao máximo a privacidade e a dignidade da pessoa que a exerce” (GUIMARÃES, 1994) . E isso também retrata a influência de um ambiente adaptado para a inclusão social.
Esses conceitos são uma base importante para considerações no que tange a qualidade de vida. A acessibilidade e autonomia não são padrões que não devem ser ressaltados apenas paras as pessoas portadoras de deficiência. Uma mulher grávida, em estagio avançado (7 a 9 meses), também possui sua mobilidade reduzida. Uma pessoa com criança de colo pode também precisar de auxílio para realizar tarefas que exijam o uso das mãos, e um jovem que fraturou sua perna praticando esportes terá, também, por um período, a diminuição de suas capacidades físicas.
Refletindo, pois, sobre isso, fundou-se como proposta a melhoria, por meio de um simples aparato: uma porta automática “sem chave”, da qualidade de vida de pessoas com necessidades especiais (temporárias ou permanentes). Essa não é uma idéia nova, de fato, hotéis, shoppings, grandes empresas e laboratórios de pesquisa já possuem essa tecnologia há bastante tempo. Contudo, esses sistemas sempre foram caros, o que impossibilitava o uso doméstico. A proposta é prototipar um produto economicamente viável para distribuição, visando à população em geral.