Benefícios da Suplementação com Creatina
A Creatina é um aminoácido (os aminoácidos são a base de formação das proteínas) produzido no nosso corpo pelos rins e fígado, proveniente da alimentação através da carne e produtos animais. A Creatina (creatina mono-hidratada) é uma substância incolor, cristalina e usada pelo tecido muscular para a produção de fosfocreatina, um factor muito importante na formação de adenosina trifosfato (ATP), a fonte de energia para a contracção muscular e tantas outras funções no nosso corpo.
Como actua a creatina no nosso corpo?
No nosso corpo, a creatina é alterada para uma molécula chamada “Fosfocreatina” a qual actua como reservatório de armazenamento para a energia rápida. A Fosfocreatina é sobretudo importante em tecidos como os músculos voluntários e para o sistema nervoso, os quais requerem periodicamente grandes quantidades de energia.
Porque é que os atletas consomem a Creatina?
Estudos demonstraram que a creatina pode melhorar a performance dos atletas em actividades que requerem explosões rápidas de energia, tal como na corrida para os Sprints, e pode ainda ajudar os atletas a recuperar mais rapidamente dessas mesmas explosões. A Creatina é, no entanto, mais adequada para os culturistas, pois ajuda ao aumento da massa muscular em vez da resistência muscular, sendo, por isso, menos apropriada para atletas que participem em actividades desportivas de resistência. No entanto, o aumento da massa muscular pode dever-se à retenção de líquidos e não ao aumento do tecido.
Porque se fala tanto sobre a Creatina e doenças neuro-musculares?
Dois estudos científicos indicaram que a creatina pode ser benéfica nas doenças do foro neuro-muscular. Um estudo levado a cabo pelo investigador financiado pelo MDA, Sr. Flint Beal do Centro Médico da Universidade de Cornell, demonstrou que a Creatina era duas vezes mais efectiva do que o medicamento de prescrição médica Riluzole, no prolongamento da vida dos ratos portadores da doença neuro-degenerativa “esclerose lateral amniotrópica” (ALS, ou doença de Lou Gehrig). Um outro estudo efectuado pelos canadianos Tarnopolsky e Joan Martin do Centro Médico da Universidade McMaster em Ontário, concluiu que a creatina pode levar a pequenas melhorias de força em pessoas com vários tipos de desordens do foro neuro-muscular. O trabalho de Beal foi publicado na edição de Março de 1999 na revista cientifica “Nature Neuroscience” e o segundo foi publicado na edição de Março dedicada à Neurologia.