Transcrição da palestra do prof. Silvio Meira na Aula Magna do Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada - 22/04/2010

De Wiki DAINF
Edição feita às 22h47min de 21 de maio de 2010 por Adolfo (disc | contribs)
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Tabela de conteúdo

Instruções

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    1. Clique no link "Editar" ao lado de "== Minutos XX e XY ==" referente ao trecho que você escolheu.
    2. Digite a transcrição do trecho pelo qual você ficou responsável. Importante: pode ser digitado aos poucos.
    3. DICA IMPORTANTE: Se estiver com problemas na formatação do texto coloque todo seu texto entre as tags <nowi ki> Seu Texto </nowiki> (SEM o espaço entre o "i" e o "k") para que não ocorra a formatação automática do texto e não quebre o layout de toda a página.
    4. Salve a página (botão "Salvar Página" na parte de baixo).
  • DATA LIMITE PARA QUE A TRANSCRIÇÃO VALHA NOTA: 28/05/2010


Áudio da Palestra

Os trechos do áudio da palestra podem ser encontrados (temporariamente, enquanto durar o processo de transcrição) em:

O nome de cada arquivo está no seguinte formato:

  • srlm_audio_XXm_00s__YYm_zzs.mp3

onde:

  • XX é o número do minuto inicial do trecho
  • YY é o número do minuto inicial do próximo trecho

Transcrição (turma do BSI)

Minutos 14 e 15

Mestre de Cerimônia: "A palestra que será proferida nesta aula inaugural do Mestrado Profissional em Computação Aplicada terá como título "O Mestrado profissional no contexto do desenvolvimento tecnológico e inovação" e será proferida pelo professor doutor Silvio Meira.

O professor doutor Silvio Meira é professor do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco, presidente do Conselho de Administração do Porto Digital, cronista do Terra Magazine, comentarista da rádio CBN e consultor de políticas estratégicas de informação, informática e inovação. Autor de mais de 200 artigos em congressos e revistas acadêmicas, e de centenas de textos sobre tecnologia de informação e seu impacto na sociedade publicados na imprensa leiga e de tecnologias da informação.

O professor Meira já supervisionou mais de 90 teses e dissertações de mestrado e doutorado. O professor Meira detém as Ordens Nacionais do Mérito Científico e Rio Branco e a Medalha do Conhecimento do MDIC. Em 2006 recebeu do Governo de Pernanbuco a mais alta comenda do estado: a Ordem do Mérito dos Guararapes."

Minutos 16 e 17

Minutos 18 e 19

Minutos 20 e 21

Minutos 22 e 23

Minutos 24 e 25

Minutos 26 e 27

Minutos 28 e 29

Minutos 30 e 31

Minutos 32 e 33

Minutos 34 e 35

Um carro topo de linha, hoje, nesse domínio das possibilidades, segundo um paper publicado por Manfred Broy, que é um dos principais pesquisadores de especificações formais e corretude de software do mundo, diz que um carro topo de linha, como um BMW 750 ou uma Mercedes Benz Classe S possuem, dependendo da versão do carro, de 10 a 100 milhões de linhas de código rodando no carro, e há de 50 a 150 computadores em rede dentro do carro enquanto se está dirigindo ele. A gente deveria ou não ficar assustado com isso e pedir para dirigir para dirigir um Ford 1929, que não possui nenhum computador e se dá partida na manivela? Não. Tecnologia é o domínio da possibilidade e da responsabilidade, porque possibilidade implica em risco, possibilidade vem de poder, quando possuímos poder, assumimos riscos. Uma parte do que vocês vão aprender o tempo todo numa pós-graduação ligada à informática: software e sistemas de informação, hardware, software, gente (gente faz parte dos sistemas) envolve riscos. E como assumimos os riscos, como salvamos a guarda do interesse da sociedade, como agimos eticamente para resolver problemas, e tem as mais variadas facetas da ética que você quiser, e os mais correspondentes e variados níveis de responsabilidade, eu posso sentar…

Minutos 36 e 37

Minutos 38 e 39

Minutos 40 e 41

Minutos 42 e 43

Minutos 44 e 45

Minutos 46 e 47

Minutos 48 e 49

Minutos 50 e 51

e que sejam meus votos que vocês abram rápido um doutorado profissional, nós estamos dispostos no C.E.S.A.R a abrir um doutorado profissional também, não há nenhum doutorado profissional no Brasil que eu saiba no momento, então primeiro nós temos que fazer uma associação aqui para vencer as barreiras da CAPES, isso é só um desafio a mais, e é isso que torna a coisa ainda mais interessante.

Fazer tecnologia por tecnologia vai dar boas teses e dissertações, mas não vai resolver nenhum problema, e hoje eu tenho certeza absoluta disso porque nós não estaremos fazendo as perguntas que são realmente relevantes sobre qual é o nosso papel na sociedade. E eu não estou falando do papel ingênuo na sociedade daqueles que muitos de nós, inclusive eu, declamaram nos nossos discursos de formatura. A gente se forma em informática e tem aquele discurso de formatura, que de preferência a gente sorteia algum inimigo para fazer e o cara vai lá e diz "prometo não dominar, não me deixar dominar pela máquina e não sei que". Já faz anos que eu corrijo de uma forma radical as notas, as provas dos meus alunos para dar nota ruim de tal maneira que eles nem me convidem para a formatura que é pra eu nao ter que ouvir essa babaquice de novo certo ? "Eu nao vou me deixar dominar pela técnica porque a alma não sei o que lá", isso é de uma babaquice inominável, primeiro por que como eu já disse antes, a humanidade é necessariamente técnica, os macacos todos se pudessem tavam usando técnica ad infinitum, os passarinhos usam técnica, os ratos os coelhos todo mundo, então nós não temos que sentar aqui e ficar dizendo, "não, porque tem a técnica aí que ta tentando dominar o mundo", nada disso, nós somos a técnica, nós estamos inventando e reinventando a técnica o tempo todo

Minutos 52 e 53

Minutos 54 e 55

Minutos 56 e 57

Minutos 58 e 59

o aumento do uso da técnica em dispersão, em profundidade, em qualidade, em produtividade na sociedade é absolutamente óbvio. E não tem como fugir dele, tipo, uma tese.. uma dissertação de mestrado que eu queria que vocês fizessem, aqui, pra eu usar. Vamos pegar a definição do agente de mercado, eu, e vamos pegar com uma pergunta, de novo pra vocês: quantos de vocês, dentre os que usam óculos, trocariam um olho míope, como esse meu aqui que tem treze graus de miopia, por um olho biônico? Nenhuma pessoa, e se ele tivesse zoom infra-vermelho? Um bando de gente já. E se ele tivesse zoom, infra-vermelho, funcionasse como uma câmera de áudio e vídeo, fosse celular, estivesse conectado com um sistema de informação na sua conta na operadora, que tivesse inteligência artificial que desse o contexto de uma conversa que você está tendo agora e que daqui a há meses na frente tenha escaneado toda essa audiência e quando um de vocês chegasse pra mim num aeroporto, já que eu não vou reconhecer ninguém, porque eu sou míope, chegasse pra mim e dissesse: "esse é fulano ele estava la na plateia e ele não riu quando você contou aquela piada do olho", subliminarmente. Quantos de vocês trocariam um olho bom por esse olho biônico? Ah! Já apareceram uns candidatos. Se alguns colegas de sala de vocês no secundário trocasse, quantos pessoas vocês acham que trocariam? Todas. Absolutamente todas. Tem implicações éticas? Tem implicações éticas. Tem implicações morais? Tem implicações morais. Tem implicações filosóficas? Claro. Mas tecnologia por tecnologia não tem ética, nem moral, nem filosofia. A faca que faz sushi é

Minutos 60 e 61

Minutos 62 e 63

Minutos 64 e 65

Minutos 66 e 67

Minutos 68 e 69

Povos que sabem qual é a resposta, não conseguem nem refletir sobre ela, os civilizados são aqueles que não só, sabem qual é a pergunta, mais se não souberem, sabem como procurar e descobrir qual é a pergunta. Para vocês todos que estão aqui começando hoje, todos os outros que estão aqui, eu desejo é que vocês sejam uma vida inteira como esta instituição é, um vida inteira de perguntas e de desafios. Obrigado, boa noite. Obrigado. Como eu disse, antes de eu me transformar numa abobora, e pegar o avião para ir jantar com a minha mulher e meu filho em Recife, que é de onde eu sai hoje as 02h30min da manha, é a gente tem 15 minutos de debate, ouvinte. Quem se arrisca? Professor falou ai em tecnologia com a finalidade de simplificar as coisas, de liberar o ser humano para atividades mais criativas, porem se a gente olhar as sociedades primitivas que vivem da caça e coleta, esse pessoal já tem um nível para atividades criativas. Por que a gente tem que primeiro complicar as coisas, criar todo um mundo tecnológico, para depois simplificar? Eu concordo com sua pergunta...

Minutos 70 e 71

Minutos 72 e 73

Minutos 74 e 75

Minutos 76 e 77

Minutos 78 e 79

Minutos 80 e 81

Minutos 82 e 83

Minutos 84 e 85

Minutos 86 e 87

Minutos 88 e 89

Minutos 90 e 91

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