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Curitiba 22 de Agosto de 2007

Proposta Para Oficina de Integração

Caio Andreatta, Tui Baraniuk e Wagner Gasparotto


Tabela de conteúdo

Resumo

Em vista de tantos problemas relacionados à educação no nosso país, temos como objetivo tentar minimizar os efeitos em um de seus pontos: a área de interpretação gráfica. Visto que muitas das informações sobre a dinâmica do mundo contemporâneo são apresentadas graficamente, é trivial que a população saiba não apenas lê-los, mas interpretá-los, para que assim não haja fácil manipulação de massa. O meio de alcançar tais objetivos é através da implementação de um tutorial sobre a construção e a utilização de gráficos. Com uma interface extremamente simples, tem como uma das prioridades, integrar o aprendizado com a vivência real, criando gráficos sobre situações corriqueiras, como o consumo de energia, por exemplo, ou o rendimento de uma poupança. Espera-se chegar aos resultados desejados, sendo os testes feitos em escolas públicas, possivelmente aliado a programas municipais com "Digitando o Futuro", "Inter Clique" ou governamentais.



1. Introdução

Escolas brasileiras têm recebido computadores, com programas como o One Laptop Per Child, entre outros. Porém, essas tecnologias ainda não vêm sendo aproveitadas de modo eficaz, devido à falta de programas específicos para o ensino, e que fossem de livre distribuição. Com o objetivo de criar um software educativo, pensou-se em vários temas que poderiam ser abordados pelo programa. Viu-se que uma área interessante é a de interpretação de gráficos, isso junto com temas interessantes da vida cotidiana, que possam prender a atenção do usuário.


2. Problema

Muitas pessoas têm dificuldades na interpretação de gráficos, e muitas vezes não percebem como eles estão presentes em seu cotidiano, seja em revistas, jornais, televisão, entre outros. Pouca coisa é feita para reverter esta situação, deste modo, temos como dever ao menos aproveitar este pouco de um jeito eficaz, e um meio capaz de fazer isso é pela computação. Se a população for capaz de compreender plenamente informações dadas através de gráficos, seu senso crítico melhorará muito nesse ponto, pois poderá julgar como correto ou errado as informações apresentadas. Antes de qualquer outra coisa, temos que saber como aproveitar essa tecnologia de modo que ela sirva de auxílio para o ensino à leitura e interpretação de gráficos. Isso pode parecer algo simples, mas existe uma grande maioria que possui dificuldades em relação a isso. Será que apenas um software tem poder suficiente para reduzir este problema? Não sabemos, e a resposta provavelmente só será obtida depois de tentar.


3. Hipótese

Uma solução é criar um programa que possa mesclar entretenimento e educação, sendo que uma idéia inicial é criar um software que, com o objetivo de ajudar o usuário a entender os vários tipos de gráficos, possua diferentes tipos do mesmo, e mostrando, com situações do dia a dia, seu uso e aplicação. Assim como na física um gráfico pode ser utilizado para demonstrar a relação entre deslocamento, velocidade, aceleração, etc... Ele também é encontrado na forma de fatias de pizza, que pode, por exemplo, mostrar preferências das pessoas por algo, como seu gosto musical, entre outros. Munido com temas interessantes, espera-se que o tutorial gráfico seja capaz de prender a atenção de jovens, adolescentes e adultos, e que seja capaz de fazê-los ganhar mais experiência e os tornar capazes de melhor entender os diversos tipos de gráficos que venham a encontrar no seu dia a dia.


4. Justificativa

‘Nos dias de hoje, em que as sociedades do mundo inteiro estão cada vez mais centradas na escrita, ser alfabetizado, isto é, saber ler e escrever tem se revelado condição insuficiente para responder adequadamente às demandas contemporâneas. É preciso ir além da simples aquisição do código escrito, é preciso fazer uso da leitura e da escrita no cotidiano, apropriar-se da função social dessas duas práticas; é preciso letrar-se. O conceito de letramento, embora ainda não registrado nos dicionários brasileiros, tem seu aflorar devido à insuficiência reconhecida do conceito de alfabetização. E ainda que não mencionado, já está presente na escola, traduzido em ações pedagógicas de reorganização do ensino e reformulação dos modos de ensinar, como constata a professora Magda Becker Soares, que, há anos, vem se debruçando sobre esse conceito e sua prática. "A cada momento, multiplicam-se as demandas por práticas de leitura e de escrita, não só na chamada cultura do papel, mas também na nova cultura da tela, com os meios eletrônicos", diz Magda, professora emérita da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Se uma criança sabe ler, mas não é capaz de ler um livro, uma revista, um jornal, se sabe escrever palavras e frases, mas não é capaz de escrever uma carta, é alfabetizada, mas não é letrada", explica. Para ela, em sociedades grafocêntricas como a nossa, tanto crianças de camadas favorecidas quanto crianças das camadas populares convivem com a escrita e com práticas de leitura e escrita cotidianamente, ou seja, vivem em ambientes de letramento. "A diferença é que crianças das camadas favorecidas têm um convívio inegavelmente mais freqüente e mais intenso com material escrito e com práticas de leitura e de escrita", diz. "É prioritário propiciar igualmente a todos o acesso ao letramento, um processo de toda a vida". (ELIANE BARDANACHVILI) (Jornal do Brasil - 26/11/2000)

Segundo o que foi abordado nessa parte da entrevista com Magda pode-se enxergar claramente a importância do projeto em questão. É necessário que as pessoas tenham compreensão do que vêem e lêem, logo, um tutorial sobre a construção e utilização de um gráfico é uma forma de familiarizar as pessoas (de crianças a adultos) com o material apresentado no cotidiano. Grupos como o Positivo desenvolvem softwares para ensino, no entanto, estes são pagos, o que o torna muitas vezes inacessível às escolas mais carentes. Existem algumas pessoas que já tiveram uma iniciativa, criando sites de ensino com jogos e simulações de física, mas ainda são poucos os softwares livres com finalidade didática. Deste modo, é importante possibilitar que estudantes da rede pública de ensino tenham acesso a Softwares educativos sem custo e com conteúdo útil e atual, permitindo que pessoas a margem da compreensão da realidade através da escrita (entenda-se escrita gráfica) podem reverter a situação. Tendo capacidade e vontade de trabalhar em um programa do tipo, se feito com capricho pode-se criar algo de valia que ajude, de um modo alternativo, professores em suas aulas, no caso, de interpretação de gráficos, e junto disso, abordar curiosidades de sua aplicação no dia a dia. ‘Ao contrário do que se costuma imaginar, a informática na educação não pode restringir-se apenas ao ensino de como operar o computador, pois este pode ser também um elemento estimulante para crianças e adolescentes aprenderem conteúdos curriculares através de atividades interativas utilizando, por exemplo, o mouse, telas coloridas e efeitos sonoros. As atividades digitais multimídia, na sua maioria, possuem grande apelo visual, acabam encantando pelo layout com cores vibrantes, som e movimento e fascinando até o professor que muitas vezes tem um conhecimento limitado de computação e se impressiona com a interface colorida, o áudio e os vídeos, principalmente nos produtos direcionados às crianças (PRIETO et al., 2005, p.06). Entretanto, comumente têm-se utilizado programas convencionais, como editores de texto e de planilhas gráficas, para introduzir os alunos de ensino fundamental e médio à informática. Infelizmente, o uso de software educacional especificamente destinado ao ensino das disciplinas curriculares ainda é incipiente, devido a diversos fatores, entre eles, desconhecimento sobre o assunto. Vale salientar que, os softwares educacionais são programas que visam atender necessidades vinculadas à aprendizagem, devem possuir objetivos pedagógicos e sua utilização deve estar inserida em um contexto e em uma situação de ensino baseados em uma metodologia que oriente o processo, através da interação, da motivação e da descoberta, facilitando a aprendizagem de um conteúdo (PRIETO et al., 2005, p. 10).’-- A experiência do Projeto Classificação de Software Livre Educativo (CLASSE) -- CINTED-UFRGS (ver bibliografia) Outro ponto levantado é o de que é preciso integrar interesse e aprendizado. É preciso que haja algo interessante junto para que haja estímulo, assim ocorre um aprendizado de como operar o computador juntamente com a parte educativa, sendo esses dois pontos muito importantes. É importante que a pessoa perceba de que modo o computador pode ajudar na sua vida (por exemplo, fazendo gráficos) e não apenas fique fascinada com o que ele é capaz de fazer. A idéia é de que a pessoa leve para o espaço real o que ela aprende com o Software. A necessidade de programas livres e adequados a uma situação específica é grande, sendo que o programa deve atingir seu objetivo educacional proposto, necessitando do mínimo de conhecimento (especialização) na área de informática, uma vez que o aprendizado da informática é um dos objetivos contemplados.

‘Reconhece-se a necessidade do desenvolvimento de seqüências didáticas que auxiliem o professor a aprimorar a interpretação de gráficos da mídia impressa pelos alunos, o que a escola particular já realiza, embora de modo assistemático. Dessa forma, este estudo sugere que a inclusão do ensino do tratamento das informações na mídia impressa a partir do uso de gráficos, pode ser eficiente no aprimoramento desta habilidade. Sendo este aspecto ressaltado no que concerne a rede pública de ensino, uma vez que os alunos da escola pesquisada apresentaram nas interpretações iniciais aos gráficos estratégias de tratamento das quantidades pouco elaboradas e centradas em comentários e/ou descrições de dados quantitativos, sem, contudo, aprofundar as suas análises, requerendo para isto de intervenções específicas por parte da pesquisadora.’ (ver bibliografia) “O processo didático implementado pelas escolas se revelou como elemento definidor para a construção e elaboração do conhecimento de gráficos por parte dos alunos”, diz a pedagoga Roseline Nascimento da Silva. Tudo o que foi citado acima revela a importância de fornecer ferramentas auxiliares aos professores para o ensino da interpretação gráfica aliada a um contexto atual. Isso contribui para a formação intelectual das pessoas atingidas.


5. Objetivos

5.1 Geral -Ajudar na interpretação de gráficos através de um software didático e gratuito (freeware). 5.2 Específicos - Adquirir maior experiência na área didática. - Construir um tutorial interativo visando o aprimoramento da capacidade de leitura e interpretação de gráficos do usuário.

6. Fundamentação Teórica

7. Metodologia

- Metodologia da Pesquisa Bibliográfica e Documental

     Qualquer material que tenha um objetivo didático deve ser correto,
e isso só poderá ser alcançado com um bom entendimento do tema a ser 

ensinado e a técnica correta de ensino, o que pode ser melhorado com a ajuda de referências de profissionais da área. -Metodologia da Pesquisa de Campo

     Através do contato com institutos educacionais, é possível conhecer,
ou no mínimo ter uma noção das necessidades educacionais, tendo assim uma
idéia do que seria interessante para os alunos e professores.

-Metodologia da Pesquisa de Laboratório

     Muitos testes deverão ser feitos para que o software pretendido seja
livre de bugs, agradável de usar, possua uma didática correta, entre outros.

8. Cronograma

9. Referências

http://www.scite.pro.br/principal.php http://paje.fe.usp.br/~etnomat/anais/CO21.html http://intervox.nce.ufrj.br/%7Eedpaes/magda.htm http://www.meb.org.br/biblioteca/artigomagdasoares http://www.cinted.ufrgs.br/renote/jul2006/artigosrenote/a25_21182.pdf http://www.meb.org.br/biblioteca/artigomagdasoares


10. Apêndices

11. Anexos

Anexo 1 “Na sua tese de mestrado Michael Schiff enumera alguns princípios de design de gráficos que facilitam e tornam mais correta a interpretação da representação gráfica. São eles: • Simplicidade: os dados devem ser codificados de forma a minimizar a complexidade da representação; • Consistência: dados semelhantes devem ser representados de forma semelhante; • Compatibilidade: a associação entre a representação e o conteúdo deve ser tão próxima quanto possível; • Congruência: a representação deve ser congruente com o modelo prévio que o leitor tem mentalmente definido; • Relevância: certos aspectos da representação só devem variar se essa variação tiver significado; • Convenção: o formato da representação deve subordinar-se a certas convenções sociais reconhecidas e praticadas pela comunidade; ” Trecho retirado emodificado de: http://bizviz.jorgecamoes.com/principios-de-design-para-a-boa-interpretacao-de-graficos/

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